Israel e Irã mantêm ofensiva mesmo após anúncio de cessar-fogo por Trump

Apesar do anúncio de cessar-fogo feito pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, os confrontos entre Israel e Irã continuam intensos. Ambos os países realizaram novos ataques aéreos poucas horas após o comunicado, atingindo as capitais Tel Aviv e Teerã. As informações são da NSBC e da CNN News.

Na madrugada, mísseis lançados por Israel atingiram diversas áreas da capital iraniana, sob comando do aiatolá Ali Khamenei. Antes do ataque, o exército israelense havia emitido alertas para evacuação da população local. O governo iraniano, porém, classificou a ação como “terrorismo psicológico”. A agência Fars, ligada ao regime do Irã, denunciou a destruição de um edifício comercial pelos ataques israelenses.

Em retaliação, o Irã lançou mísseis contra a região de Hatikva, em Tel Aviv. As Forças de Defesa de Israel informaram ter abatido um drone iraniano e interceptado outros três antes de cruzarem os limites do território.

Essas ofensivas ocorreram poucas horas após Trump declarar uma trégua. Segundo ele, o Irã teria aceitado interromper os ataques a partir da 1h (horário de Brasília). O republicano apelidou o embate de “Guerra de 12 dias” e afirmou que, durante o cessar-fogo, ambas as partes deveriam manter a paz e o respeito mútuo.

Contudo, o chanceler iraniano Abbas Araghchi desmentiu o ex-presidente norte-americano. Em uma publicação nas redes sociais, declarou que ainda não há nenhum entendimento oficial firmado sobre a trégua, mas ressaltou que o país está aberto ao diálogo. “Se o regime israelense interromper sua agressão ilegal até às 4h, no horário de Teerã, não teremos intenção de continuar com nossas respostas após esse período”, afirmou.

O conflito teve início em 12 de junho, quando Israel lançou ataques contra pontos considerados estratégicos no território iraniano. O governo de Benjamin Netanyahu alegou que o Irã estaria avançando na produção de armamento nuclear. Os Estados Unidos negaram envolvimento nos primeiros ataques, mas posteriormente bombardearam alvos iranianos, o que provocou uma retaliação contra uma base militar norte-americana em Doha, no Catar.

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