Café e cacau brasileiros podem escapar do tarifaço de Trump, afirma secretário dos EUA
O café e o cacau produzidos no Brasil podem ficar de fora do tarifaço anunciado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O café e o cacau produzidos no Brasil podem ficar de fora do tarifaço anunciado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A possibilidade foi levantada pelo secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick, durante entrevista concedida à emissora CNBC News nesta terça-feira (29).
Segundo Lutnick, o governo dos EUA considera isentar da taxação produtos que não são cultivados em território americano, mas que são considerados estratégicos, como é o caso do café, cacau, manga e abacaxi. "O presidente inclui recursos naturais quando faz um acordo. Se você cultiva algo que nós não cultivamos, isso pode entrar sem tarifa", explicou.
Apesar da sinalização positiva para esses itens, o secretário confirmou que o tarifaço será oficialmente instituído na próxima sexta-feira, 1º de agosto, sem possibilidade de prorrogação. A medida prevê taxações que podem variar entre 15% e 20% para países que não receberam notificação formal da Casa Branca.
O Brasil, no entanto, foi um dos países que recebeu a carta, na qual está prevista uma taxação de 50% sobre produtos nacionais. Essa comunicação foi mencionada por Donald Trump em pronunciamento feito na segunda-feira (28), reforçando que a nova política comercial entrará em vigor conforme o cronograma.
“Para o resto do mundo, vamos ter tudo pronto até sexta-feira. E sexta-feira não está tão longe assim. Portanto, podem esperar que, como dissemos, 1º de agosto é a data em que todas essas taxas serão definidas”, destacou Lutnick em entrevista ao jornal Valor Econômico.
O impacto da medida sobre a economia brasileira ainda está sendo avaliado por autoridades e representantes do setor produtivo. Enquanto isso, produtores de café, cacau e frutas tropicais mantêm a expectativa de que seus produtos fiquem fora da lista oficial de taxação.
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